quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Das Dívidas

Infelizmente, sou uma das muitas pessoas no nosso país, que tem dívidas.
Neste momento, a minha dívida é devido a um crédito pessoal que fiz para aquisição de um automóvel, e para ajudar a minha mãe com o pagamento de umas dívidas que ela tinha.
Quando fiz este crédito, senti que não tinha escapatória. Era a única decisão possível. Foi duríssimo porque sei o quanto me custa pagá-lo, sei que ainda hoje tento proteger o meu marido ao máximo, não me vá acontecer alguma coisa. E sei que o fiz e por um lado me arrependo.
Não é que me arrependa de ajudar, nada disso, arrependo-me sim do peso que esse crédito assume na minha vida. Das coisas que eu não fiz por tê-lo.
E vocês dirão e bem, tens um carro. Verdade. Mas poderia ter pedido um empréstimo mais reduzido para comprar um carro. Aliás, se não fosse mesmo a situação da minha mãe, eu nem teria comprado um carro semi-novo, provavelmente iria continuar a andar com o mesmo carro antiguinho que eu tinha na altura.
Por isso sim, eu ajudei-a, mas, e como ela nem sempre o reconhece, este crédito é um peso enorme na minha vida, algo que faz parte de mim há anos. O suplício acabará daqui a um ano. E eu mal posso esperar.

E é por isto, por saber as condições em que me endividei, que não percebo quem se mete em dívidas para ir de férias, para comprar mobílias, para comprar telemóveis. Mesmo aquelas campanhas de pagar em X vezes sem juros (que nisto das dívidas são realmente as mais vantajosas), não deixam de ser um estímulo ao endividamento, porque às páginas tantas a pessoa já tem x de crédito da casa para pagar, x de crédito automóvel, x de telemóvel... E por aí em diante.
Todos os meses é uma ginástica cá em casa. E eu não posso dizer que ganho muito mal. Há gente a ganhar pior. Mas entre as coisas do David (creche inclusive), e crédito, rendas, despesas correntes, etc., sobra realmente muito pouco.

Por isso o conselho que vos deixo é mesmo este: metam-se num crédito, só e apenas se valer realmente a pena. Se tiver mesmo de ser. Caso contrário, em vez de se meterem num crédito para aquelas férias maravilhosas que querem ter no próximo ano, comecem a poupar, e pode ser que as tenham no ano seguinte. Créditos free.
Caso contrário, vão acabar a fazer o que eu faço, ou seja, a contar os dias para o crédito acabar...

6 comentários:

Unknown disse...

Concordo a 100%... não mudava uma vírgula. Foi precisamente por uma dívida que comecei a minha dieta (não foi por passar fome, mas por uma chapada sem mão) e tenciono contar a minha história em breve no blog!

Um beijinho,

http://obiquinidourado.blogspot.pt/

S* disse...

Graças a Deus, mas Graças a Deus mesmo, não tenho qualquer crédito, nem dos carros. Já para pagar renda e contas é um problema, imagino com créditos... créditos inconscientes mexem-me com os nervos!

Teresa disse...

Assino por baixo!!!!

Luana disse...

Isto e' tao verdade, divida realmente se transforma num problema. Eu nao faria divida para alguma viagem, mesmo que fosse a minha viagem dos sonhos, um eletronico ou coisa que o valha, acho que a unica coisa para a qual talvez fizesse uma divida seria a compra de uma casa, mas nao o valor integral, pouparia e talvez pedisse emprestimo para o resto. No mais o teu "pesadelo" ja esta terminando, pelo menos isto, um ano passa muito rapido.

Anónimo disse...

Morreu definitivamente o blog? :(

silvioafonso disse...

Você ainda vai me matar com suas metáfora,
oh, bela mulher!
Beijos luminosos e, salgadinhos...